sábado, 9 de abril de 2011
Jejum de palavras: há sempre um motivo para isso. Seja lá qual tenha sido o meu, hoje me (re)motivei a simplesmente escrever – sem medos, desnudada da cobrança de uma sintaxe exagerada. Se bem que escrever não é apenas um simplesmente. Pode até ser, em alguns momentos. Mas hoje as letras vieram aos meus dígitos cerebrais no momento exato em que saí da casa dele.
- Quem é ele?
- É um amigo.
É isso: a amizade é simplesmente um bichinho extraordinário à nossa existência. Lembro que uma vez alguém, não qualquer pronome indefinido, mas uma amiga me falou que “um verdadeiro amigo ajuda a nos mantermos lúcidos”. Isso deve ter ao menos dez por cento de verdade. Não é que eu esteja me sentindo sem lucidez. Mas porque são os pensamentos menos elaborados os que mais nos fazem sorrir e nos deixam sãos. E só os amigos são os donos desse poder: falar despretensioso; gargalhar sem etiqueta; contar piada sem graça; sorrir amarelo, e sincero.
Pensar sério é que é complexo. Ganhar dinheiro ainda mais. Preocupações não faltam nessa casa-terra. A qualquer hora uma ventania, um terrmoto e pluft...
C
A
I
I
I
M
O
S
Melhor o riso desvelado dos amigos. Nele há mais ternura, simplicidade, pureza, leveza, doação. E por falar nisso saí da casa dele com as mãos cheias de Clarice, Quintana Satrapi, Bergman. Vou começar a distração com “A descoberta do Mundo”, alimento aconselhável pra não pagar terapia
- Ah. O nome dele é Ita. E ele tem um cheiro gostoso de Mar.
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